4 de fev. de 2009

Das Bacantes...

Ela sentou. Permaneceu assim durante muitas horas da manhã e da tarde. Pensando em arte. As palavras a sugaram. Os mitos a ninaram. A Grécia se reergueu e do riso (clássico) a esperança nasceu. Dia de trabalho, mexendo, adaptando, futucando, dirigindo um texto. Trabalhinho difícil mas tão prazeroso. É quase um cansaço feliz... No fim da noite, transformada e encoberta pela madrugada: uma Bacante! (com rinite).

A Bacante

Celebra
sacerdotisa reluzente
o Deus homem
indecente
Se entrega
ao que mais tarde
vão denominar
pecado da serpente
Faz renascer
o vinho, a dança,
o mito, o prazer
pra viver o que todo
homem sente
ou morre sem saber
traz o cantar da arte
pro teu mundo colorido
lança o perfume da tua carne ao infinito
e repousa densa,
o teu corpo exausto
nos braços de Dionísio.

(Dani Zamorano)