27 de ago. de 2012

De Prometéia


Padeço talvez do mesmo mal de Prometeu: tenho loucura por humanidade.
Roubei o fogo, muitas vezes. E assim como uma digna Prometéia, me faço de compartilhar.
E do mesmo modo, fomos acorrentados.
E são meus medos e frustrações que devoram meu fígado toda manhã.
De noite, os sonhos e esperanças o ressucitam, pra sobrevivência dos restos da minha felicidade.
E te digo sinceramente, só não roubo mais fogo, porque as correntes me impedem.

ACORRENTADO
Sou elo 
Entre elos
Dormente.
Há muito 
Perdi 
O sentido de
Ser corrente. 
(J.J. Leandro)