25 de fev. de 2009

Da quarta-feira de cinzas...



07:43 da manhã, ainda meio zonza e tendo visto o sol raiar. Acabou oficialmente a folia. Logicamente, cá dentro no peito, ela continua a bater como um surdo ritmado. Ainda existe confete e serpentina nos meus olhos. O carnaval sempre morou em mim, herança genética. Sem dinheiro, não pude fazer muita coisa, mas entrar na sagrada procissão profana dos blocos me bastou. Acabei não conseguindo passar o carnaval com todos os amigos que queria, mas quis passar com os que passei. Fiz novos laços. A alegria e a folia unem as pessoas de forma desinteressada, pelo menos moralmente. Rezo pra minha Portela ser a vitoriosa desse ano (estava linda, como a muito tempo não via). A festa já deixou saudade, de volta à vida real. Praia, samba, amigos, risadas, dança, fantasia, uma paixão de carnaval com mãos suadas, muita comida e muita cerveja = dois quilos a mais. Dois quilos felizes.

"A manhã, toldo de um tecido tão aéreo que, tecido, se eleva por si: luz balão"
(João Cabral de Melo Neto)