8 de jan. de 2009

Do primeiro motivo

Do primeiro motivo...

"É condição de toda realidade passar por estes dois aspectos de si mesma: aquilo que é com plenitude ou em perfeição e aquilo que é quando é ruína." (Ortega)


Assumindo a escrita, seja ela banal, intensa, densa, supérfula ou mesmo que desinteressante. Mas é minha, mesmo que de forma indefinida, frágil e inocente. Tenho aprendido a me enxergar com plenitude, sem muitos receios. Mergulhando no mais profundo de mim e me entendendo como ser "não-racionado", onde habitam mundos, idéias, angústias, esperanças, alegrias, dores, medos, sonhos e amor, que agora, por me entender como ser pleno, me agrada partilhar. Com uma ousada analogia à Victor Hugo, mais do que nunca me percebo como parte integrante Do Sublime e do Grotesco, e confesso que conhecer e assumir essa minha "dupla-múltipla-vasta" natureza tem me feito um enorme bem. O trânsito astrológico começa a "desengarrafar", a minha alimentação continua sendo de fé e expectativa. Fé e expectativa no que pode ou não acontecer. E sem querer vejo que passei a preferir as aspas e não as reticências. Seria um amadurecimento? Um brinde às aspas pela multiplicidade e versatilidade que elas conferem às coisas! Hoje também não liguei pra ênclise, mas também não tenho me importado muito com a ordem das coisas, desde que elas existam e sejam com toda plenitude e dualidade que lhes são possíveis.

De 29/04/2007
Trânsito astrológico engarrafado. Período de forte mudanças e transições e dúvidas... A escrita seja qual for e de qual qualidade for reclama a minha atenção pra ela. Alimentação composta unicamente de fé e expectativa. Fé no invisível, no desconhecido, no transgressor, no impulso. Expectativa no que pode ou não acontecer. Escolhas com metade de chance de dar certo, ou não. Preferência por pontos, e medo das reticências. (D.Z)